A equipe econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode cortar mais de R$ 7 bilhões em emendas parlamentares para compor o Orçamento de 2026. A informação foi confirmada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em coletiva de imprensa, nesta terça-feira, 14.
Haddad, que participa de uma audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, pontuou que a decisão, que pode colocar o Palácio do Planalto em rota de colisão com o Congresso Nacional, vai depender do cenário apresentado.
Na última semana, com a derrubada da Medida Provisória 1303/2025, que previa alterações na tributação de aplicações financeiras no Brasil, o líder do governo Lula no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), sinalizou que o corte de emendas poderia ser a solução adotada pela equipe econômica. A previsão atual do Planalto é de um orçamento de R$ 52,9 bilhões para o próximo ano.
Depende do cenário, tem cenários em que o Orçamento fica preservado. Pode ser até mais dependendo do cenário
Fernando Haddad
Pente fino
Após a articulação de lideranças do chamado ‘centrão’ para a derrubada da MP, na última semana, o presidente Lula iniciou, por meio da ministra da Secretaria das Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann (PT), um ‘pente fino’ nas indicações de segundo e terceiro escalão das siglas do bloco.
O objetivo é fazer uma ‘limpa’ como retaliação. Apesar dos cargos ocupados dentro do governo, legendas como PP, PSD e União Brasil permanecem dividas em votações dentro da Câmara dos Deputados.
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