Metanol: entenda riscos da substância presente em bebidas adulteradas

Foi confirmada nesta segunda-feira (29) a terceira morte na Grande São Paulo por suspeita de consumo de bebidas contaminadas por metanol. A substância, usada principalmente na indústria química, é altamente tóxica para seres humanos e pode causar sequelas graves ou até mesmo a morte em pequenas doses.

O que é o metanol?
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o metanol é um álcool com fórmula CH₃OH, líquido à temperatura ambiente, amplamente utilizado como insumo industrial na produção de solventes, adesivos, pisos e revestimentos. Por ser tóxico, sua produção e comercialização são rigidamente controladas.

Diferença entre metanol e etanol
Enquanto o metanol é um produto sintético de origem industrial, o etanol é produzido a partir da fermentação de açúcares de matérias-primas como cana-de-açúcar, milho e trigo, e pode ser consumido de forma segura em bebidas alcoólicas, desde que em moderação.

Bebida alcoólica adulterada
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), bebida adulterada é aquela que tem sua composição modificada ilegalmente, colocando em risco a saúde do consumidor. O metanol não pode ser adicionado a bebidas, embora pequenas concentrações possam surgir naturalmente no processo de fermentação.

O Mapa estabelece limites mínimos de tolerância para essas concentrações residuais, mas reforça que a adição de metanol é ilegal e perigosa.

Sintomas de intoxicação
Os principais sinais que podem indicar ingestão de bebida contaminada por metanol são:

visão turva;

dor de cabeça intensa;

náusea;

tontura;

confusão mental ou rebaixamento de consciência.

Diante de qualquer sintoma, especialistas orientam procurar atendimento médico imediatamente.

Como identificar bebidas adulteradas

O Procon-SP alerta para que os consumidores desconfiem de preços muito baixos e observem atentamente a embalagem. Indícios de falsificação podem incluir:

lacres ou tampas tortos ou alterados;

rótulos desalinhados, desgastados ou com erros de ortografia;

ausência de informações como CNPJ, endereço, lote e fabricante.

O órgão reforça que testes caseiros não são seguros: cheirar, provar ou tentar queimar a bebida não garante a detecção de adulteração.

Prevenção
A orientação é sempre adquirir bebidas em locais confiáveis, verificar a integridade da embalagem e buscar informações sobre procedência.

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