O nome de Juazeiro voltou a ser destaque em veículos de alcance nacional como UOL, Estadão, Veja e Globo (G1). O motivo foi a participação do prefeito Andrei Gonçalves na Conferência Nacional de Prefeitos dos Estados Unidos, realizada em Oklahoma. Ele foi o único prefeito do país a defender diretamente o agronegócio brasileiro no encontro, colocando a cidade no centro de um debate que envolve comércio internacional e o futuro da produção de frutas do Vale do São Francisco e do Brasil.
A conferência, que geralmente trata de temas internos dos EUA, abriu neste ano espaço inédito para discutir os impactos do “tarifaço” imposto pelo governo Donald Trump, medida que ameaça a exportação de produtos brasileiros. Apenas três prefeitos do Brasil foram convidados: Andrei Gonçalves (Juazeiro-BA), Anderson Farias (São José dos Campos-SP) e Alexandre Ferreira (Franca-SP).
A conferência aconteceu entre os dias 25 e 27 de setembro. Desde o primeiro dia de evento, o nome do prefeito Andrei e de Juazeiro estiveram presentes nas discussões e nos noticiários nacionais, para os quais o gestor prestou diversas entrevistas e esclarecimentos.
Juazeiro no centro do comércio global
Nos Estados Unidos, o prefeito levou à mesa argumentos para defender o fim das tarifas, que nasceram da escuta ativa de sindicatos e produtores rurais locais.
“Entre eles, estamos tratando do risco de queda de até 70% das exportações de frutas da região e os prejuízos que a medida pode gerar não só à economia brasileira, mas também ao mercado consumidor dos EUA”, destacou o gestor.
O prefeito tem apresentado uma lista de pontos que reforçam o pedido e destacam que os prejuízos afetam não só a produção brasileira, mas também o mercado americano, como:
- Variedades norte-americanas: grande parte das uvas exportadas, como Autumn Crisp, Ruby Rush, Arra Fifteen e Cotton Candy, são patenteadas por empresas dos EUA, que recebem royalties anuais dos produtores brasileiros. Com a barreira tarifária, essas companhias também deixam de arrecadar.
- Manga estratégica: quase todo o consumo norte-americano depende de importações. Entre agosto e dezembro, apenas o Brasil consegue atender à demanda, o que significa que a tarifa pode causar escassez nos supermercados.
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