A estiagem segue severa em Remanso e em municípios vizinhos do Vale do São Francisco, no norte da Bahia. De acordo com levantamentos meteorológicos, o município está há mais de 200 dias sem registrar chuva, um dos períodos mais longos de seca dos últimos anos.
Desde março, a ausência de precipitação tem agravado os impactos na zona rural, onde a produção agrícola e a criação de animais enfrentam grandes dificuldades. A baixa umidade e as altas temperaturas também têm preocupado a população e os órgãos de saúde.
O presidente do Consórcio Sustentável do Território do São Francisco (Contesf) e prefeito de Remanso, Marcos Palmeira, reconheceu que o cenário é motivo de grande preocupação para os gestores e para a economia regional.
“Essa possibilidade tem tirado o sono de prefeitos, comerciantes e pequenos produtores dos municípios abrangidos pela instituição que dirijo. Sem chuva, antes do final do mês de outubro nenhuma aguada terá água”, alertou o gestor.
“A seca, que se estende desde 2024, está preocupando os criadores de nossa região”, completou.
Dados do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e projeções de órgãos federais, como o CPTEC/INPE, indicam um índice de -5% a -10% de precipitação entre outubro de 2025 e abril de 2026, além da possibilidade de o El Niño provocar uma redução ainda mais significativa nas chuvas.
Diante desse cenário crítico, a Prefeitura de Remanso vem reforçando as ações de enfrentamento à seca, com perfuração de poços comunitários, requalificação de estruturas hídricas e abastecimento de água por caminhões-pipa. As medidas buscam garantir o fornecimento de água potável e minimizar os prejuízos causados pela longa estiagem.
“Estamos trabalhando de forma planejada para garantir água às famílias e aos animais, mesmo diante das dificuldades impostas pela seca”, ressaltou Marcos Palmeira.
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