Colônias de várias cidades da região, como Casa Nova; Sobradinho; Remanso; Sento Sé e Juazeiro, se articularam em favor dos pescadores do Vale do São Francisco, e se dirigiram à sede do INSS no município de Juazeiro, dia 26, para tentar resolver o problema dos atrasos das parcelas do Seguro Pesca. Cerca de dez mil trabalhadores ainda não receberam as parcelas referentes ao Seguro Pesca, no período da Piracema, de 1º de novembro a 28 de fevereiro.
No período da Piracema, período para reprodução dos peixes para garantir a pesca durante todo o ano, os pescadores da região ficam impossibilitados de trabalhar durante quatro meses, já que a pesca é proibida neste período. Os pescadores cadastrados através das colônias de seus municípios recebem um benefício no valor de 1 salário mínimo mensal, que é o Seguro Pesca, benefício este que se encontra atrasado para milhares de trabalhadores.
Para o pescador Erivelton Souza Andrade, 43 anos, da localidade do Asfalto Velho, Casa Nova, a situação está muito difícil, já completando 4 meses sem receber o seguro. “Sem pescar e sem receber, está sofrido; o pescador está quase passando fome”, desabafa.
Erivelton é associado à Colônia de Pescadores de Casa Nova desde 2008, e pesca desde os 5 anos, quando começou com o pai. “Quando pescava naquela época não existia seguro pesca”. Ele é um dos milhares de pescadores que ainda estão sem receber as parcelas do Seguro Pesca a que tem direito. O pescador veio a Juazeiro acompanhado de outros associados, através de articulação da Colônia de Pescadores, para uma conversa diretamente com a gerência do INSS na cidade.
Sobre o atraso no pagamento do Seguro Pesca, quatro meses completados, a gerência do INSS em Juazeiro foi procurada por nossa reportagem, mas não quis se pronunciar.
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