Em ofício encaminhado ao governador Rui Costa (PT), o diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), Antônio Avelino Rocha de Neiva, afirmou que a adutora entregue pelo petista nesta quinta-feira (28), no município de Campo Alegre de Lourdes, é uma obra do governo federal e ainda não poderia ser inaugurada, “sob pena de gerar na população expectativas frustrantes”.“Quando os testes e os ajustes da obra forem concluídos, terei a grande satisfação de convidar Vossa Excelência para inauguramos o empreendimento”, diz Avelino, no documento.
Durante solenidade nesta quinta, no município, ao falar sobre a adutora, Rui se queixou da atuação de “burocratas” de Brasília quando era secretário da Casa Civil no governo Wagner.
“Fui lá algumas vezes e os técnicos insistindo: ‘Mas Rui, essa obra é muito cara e vai beneficiar uma população pequena’. Eu disse: ‘Se vocês querem saber a dor do que é viver sem água, eu pago a passagem de vocês para vocês ficarem uma semana lá vivendo sem água’. Na reunião com Dilma [Rousseff, ex-presidente], eu falei que os burocratas estavam dizendo que a obra ia atender pouca gente. Mas eu li para ela todas as comunidades que seriam atendidas”, discursou o chefe do Executivo baiano.
Em postagem no Facebook, Rui ainda disse que “Dilma se sensibilizou e começou a obra, Temer quis travar, mas eu insisti!”.
Por meio de nota, o deputado federal José Carlos Aleluia (DEM), que acusou o governador de querer “pongar”, ironizou a agenda do petista no município.
“A correria do desespero é tão grande que o governador não esperou nem a obra ficar pronta para pongar. Está com o Estado quebrado e para mostrar serviço resolveu virar dublê de Michel Temer e passar por esse constrangimento em nível nacional”, disse o parlamentar.
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